Adolescente baleada na cabeça morre em hospital no DF; suspeito está preso
04/11/2025
(Foto: Reprodução) Allany Fernanda, de 13 anos, morreu em hospital após ser baleada no DF
reprodução
A adolescente Allany Fernanda, de 13 anos - baleada na cabeça na manhã de segunda-feira (3) - morreu na UTI do Hospital Regional de Ceilândia, durante a madrugada desta terça (4).
O crime aconteceu no Sol Nascente, no Distrito Federal.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
O suspeito de realizar o disparo é Carlos Eduardo Pessoa Tavares, de 20 anos. Ele foi preso logo após o crime e deve passar por audiência de custódia nesta terça.
Inicialmente, o caso foi registrado na Polícia Civil como tentativa de feminicídio. Após a morte de Allany, foi alterado para feminicídio consumado.
O que se sabe sobre o crime
Violência contra mulher: como pedir ajuda
O caso aconteceu por volta das 5h20, na segunda. Policiais militares do 10º Batalhão foram acionados para atender uma ocorrência na quadra 92 do Sol Nascente, onde a adolescente sofreu um disparo de arma de fogo.
Ainda não há informações sobre quem acionou a PM ou em que circunstâncias o suspeito chegou até a vítima.
No local, a Polícia Militar encontrou sinais de agressão física na adolescente. Os bombeiros foram acionados e levaram a vítima para o Hospital Regional de Ceilândia.
Carlos Eduardo Pessoa Tavares foi encontrado pelos militares e levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II.
A delegada Mariana Almeida falou que o suspeito tinha duas marcas de mordida.
Os sinais de agressão indicam uma possível luta corporal entre ele e a vítima antes do disparo.
Vítima morreu na UTI
A família disse que, no hospital, Allany Fernanda sofreu dois ataques cardíacos durante o dia.
Na madrugada desta terça, a adolescente foi levada para o Hospital de Base, na Asa Sul. A equipe médica teria dito que ela deveria voltar para o hospital de Ceilândia, "porque não tinha mais o que fazer", relatou a família.
Allany Fernanda foi encaminhada de volta para Ceilândia e morreu na UTI. Ela iria completar 14 anos em dezembro.
Como denunciar
Veja onde denunciar casos de violência contra a mulher:
pelo número 190 da Polícia Militar em caso de emergência;
pelo número 197 ou pela delegacia eletrônica (clique aqui) da Polícia Civil;
em qualquer delegacia de polícia ou nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam);
pelo número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública — com dígito exclusivo para atendimento de mulheres em situação de violência.
Medidas protetivas
As mulheres não necessitam de um fato que é considerado crime para solicitar uma medida protetiva.
🔎 Ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio, por exemplo, já são situações em que a mulher pode solicitar a proteção.
Segundo o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), a medida protetiva pode ser solicitada através da Polícia Civil: na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica, ou pelo número 197.
A autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz(a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas.
👉 Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas protetivas mais adequadas, bem como denunciar o descumprimento da medida. O descumprimento é configurado crime.
LEIA TAMBÉM:
OPERAÇÃO: Grupo usa empresas de fachada para lavar dinheiro do tráfico de drogas no DF
CEMITÉRIO: Famílias não encontram túmulos de parentes no Campo da Esperança, no DF; áreas foram soterradas
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.