Agressão em escola particular do DF: o que se sabe sobre caso
12/05/2025
(Foto: Reprodução) Adolescente agredido sofreu trauma no rim e segue internado; aluno suspeito foi apreendido por outro ato infracional, mas também foi ouvido sobre agressão. Escola diz que tomou medidas; g1 tenta contato com família do estudante denunciado. Prédios em Águas Claras, no Distrito Federal
Pedro Ventura/Agência Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal continua investigando o caso de agressão dentro de uma escola particular, em Águas Claras. O adolescente de 15 anos que levou um soco de um colega de turma, na quarta-feira (7), segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo a família, com uma lesão no rim.
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O suspeito da agressão foi apreendido pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA 2), na sexta-feira (9). Mas, segundo a Polícia Civil, a apreensão foi por outro ato infracional anterior à agressão (saiba mais abaixo).
O g1 tenta contato com a família e com a defesa do estudante apreendido.
O Colégio Objetivo diz que está em contato com a família do adolescente agredido e que acionou a Polícia Civil e o Conselho Tutelar. A instituição também afirma que foram adotadas as medidas pedagógicas cabíveis, incluindo a transferência do estudante responsável pela agressão.
O que se sabe sobre a agressão
A agressão aconteceu na quarta-feira (7), durante a troca de professores, no Colégio Objetivo, em Águas Claras, segundo familiares. A mãe da vítima afirma que o filho levou um soco na barriga após um desentendimento com o colega.
À TV Globo, a diretora da escola disse que o jovem agrediu o colega para defender outra aluna.
"O colega agredido tem umas atitudes com uma outra aluna, e o colega pediu pra ele parar, e ele não parou. Foi quando esse aluno desferiu o soco na barriga do colega. Eles eram amigos. Onde um estava, o outro estava também. Eles conviviam o tempo todo juntos na sala de aula. Na troca de professores, houve essa intercorrência", contou a diretora.
O adolescente agredido percebeu coágulos de sangue na urina e foi levado ao Hospital Anchieta, de Taguatinga, onde foi diagnosticado com um trauma de grau 3 no rim.
Depois, o menino foi encaminhado para a UTI, onde segue internado. A equipe médica considerou a possibilidade de cirurgia, mas descartou a intervenção por causa do risco. Os médicos monitoram o quadro e tentam reverter o trauma por meios alternativos.
Em nota, o advogado da família do menino agredido informou que acompanha a apuração dos fatos junto às autoridades competentes e que tomará "todas as medidas legais cabíveis". A família da vítima disse que ele não vai mais estudar na instituição por medo de retaliações.
"É inaceitável que, dentro do ambiente escolar, um adolescente seja submetido a uma agressão de tamanha gravidade, com risco real à sua vida, sem que a instituição tenha garantido a segurança que lhe era devida", disse o advogado.
Apreensão do adolescente
Segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente, a apreensão do estudante foi motivada por outro ato infracional. Ele é suspeito de participar de uma tentativa de latrocínio.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o adolescente, acompanhado de outro jovem, roubou um celular em Águas Claras, no fim de março. Durante o assalto, um dos envolvidos teria golpeado a vítima com uma faca.
A apreensão do estudante foi na sexta-feira (9). A PCDF diz que descobriu que o jovem apreendido era o mesmo que agrediu o colega dentro da escola durante a investigação.
O g1 apurou que a Vara da Infância e da Juventude pediu a internação provisória do adolescente por 45 dias. Ele ainda deve passar por uma audiência de custódia, que vai decidir se continuará apreendido.
Em nota, o Colégio Objetivo diz que a tentativa de latrocínio não aconteceu dentro da escola e que o outro jovem envolvido não faz parte da instituição.
"É essencial esclarecer que os demais adolescentes citados em rumores sobre um suposto latrocínio não são alunos do Colégio Objetivo", diz a instituição (veja nota abaixo).
O que diz o Colégio Objetivo
"A Direção do Colégio Objetivo – Unidade Águas Claras vem a público esclarecer os fatos relacionados ao episódio de violência ocorrido na última quarta-feira (07/05), durante a troca de professores, envolvendo dois estudantes do Ensino Médio.
Infelizmente, a agressão resultou na hospitalização de um dos alunos, que foi atingido por um soco desferido por um colega. Desde o momento da ocorrência, a escola acionou as famílias dos envolvidos, registrou a ocorrência na Delegacia da Criança e do Adolescente (Ocorrência nº81209/2025) e notificou o Conselho Tutelar de Águas Claras.
Foram tomadas todas as medidas cabíveis no âmbito escolar, incluindo a transferência do estudante responsável pela agressão, além de ações pedagógicas com a turma, conduzidas pelo Serviço de Orientação Educacional (SOE), reforçando os valores de respeito, empatia e convivência pacífica.
Neste sábado (10/05), a escola foi informada de que o mesmo adolescente, fora do ambiente escolar e em situação anterior ao episódio ocorrido na escola, foi apreendido pela polícia, acompanhado de outros jovens que não pertencem ao corpo discente do Colégio Objetivo.
Diante disso, é essencial esclarecer que os demais adolescentes citados em rumores sobre um suposto latrocínio não são alunos do Colégio Objetivo. Qualquer tentativa de associação entre a instituição e esses indivíduos é incorreta e infundada."
Mãe relata como soube de agressão sofrida por filho dentro de escola particular do DF.
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