DF tem a renda média mais alta do país, mas também a segunda maior desigualdade, diz IBGE

  • 03/12/2025
(Foto: Reprodução)
Notas de R$ 50 em imagem de apoio Marcello Casal Jr./Agência Brasil O Distrito Federal teve o maior rendimento médio de todos os trabalhos do país na comparação com outras unidades da Federação, em 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento divulgado nesta quarta (3) aponta que, em média, os trabalhadores do DF têm uma renda mensal de R$ 5.037 ao somar todas as fontes. Esse valor é 56,9% maior que a média nacional, de R$ 3.208. Além disso, o DF mantém uma folga de cerca de 29,7% em relação ao segundo lugar da lista — São Paulo, com R$ 3.884. Quanto ganham os brasileiros? Renda varia mais que o dobro entre estados 💵 O rendimento médio considera tudo o que a pessoa recebe no mês: salários de todos os trabalhos e outras fontes, como aposentadorias, pensões, aluguel, benefícios sociais, aplicações financeiras e doações. É a soma dessas entradas que forma o indicador divulgado pelo IBGE. Veja o ranking nacional da renda média de todos os trabalhos: Distrito Federal — R$ 5.037 São Paulo — R$ 3.884 Rio de Janeiro — R$ 3.739 Paraná — R$ 3.701 Santa Catarina — R$ 3.690 Quanto ganham os brasileiros? Renda varia mais que o dobro entre estados, mostra IBGE Entre capitais, posição de Brasília cai Na comparação com outras capitais do país, o rendimento médio de todos os trabalhos coloca Brasília na 6ª posição, cerca de 18,7% abaixo de Vitória, que lidera com a maior média. Ranking das capitais: Vitória — R$ 6.196 Florianópolis — R$ 5.906 Curitiba — R$ 5.831 Porto Alegre — R$ 5.185 São Paulo — R$ 5.150 Brasília — R$ 5.037 A capital federal tem uma peculiaridade: para o IBGE, Brasília é o único município do Distrito Federal, o que a diferencia de outros estados que possuem várias cidades. Isso explica a divergência na comparação com outras capitais. Desigualdade de distribuição Torre de TV no centro de Brasília, no Distrito Federal reprodução/Setur-DF Apesar da boa posição no ranking de renda, a capital federal também registrou o segundo maior índice de desigualdade do país, com Gini de 0,547. Apenas o Piauí registrou um indicador pior. Ou seja: os melhores salários estão concentrados numa parcela restrita da população. 🔎 O índice de Gini compara a distribuição de renda: quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade; quanto mais próximo de 0, mais equitativa a distribuição. Em 2024, 15,3% da população do DF vivia com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza; desse total, 1,7% estava em situação de extrema pobreza. Segundo o IBGE, sem os benefícios sociais que ajudam essas pessoas, o número de extrema pobreza saltaria para cerca de 6,4%. A desigualdade também é percebida nas diferenças por raça e gênero. Entre ocupados, homens brancos recebiam em média R$ 7.757 mensais, enquanto mulheres pretas ou pardas tinham média de R$ 3.170 — menos da metade. Os dados mostram que a riqueza no DF continua concentrada majoritariamente nas mãos da parcela branca da população. Entre os 10% com menor renda, 71,6% eram pretos ou pardos. No cenário contrário, o número se inverte: entre os 10% mais ricos, 66% eram brancos. LEIA TAMBÉM: ATOS GOLPISTAS: Dino acompanha Moraes e STF tem 2 votos a 0 para condenar integrantes da ex-cúpula da PM do DF PRISÃO: Anderson Torres desiste de novos recursos e quer 'colaborar com atividades administrativas' na Papudinha Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/12/03/renda-media-no-df-e-a-mais-alta-do-pais-diz-ibge.ghtml


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