Negros são maioria no mercado de trabalho no DF, mas ainda recebem os piores salários; veja dados

  • 19/11/2025
(Foto: Reprodução)
Pessoas atravessam em faixa de pedestres no DF Toninho Tavares/Agência Brasília A população negra é maioria no mercado de trabalho do Distrito Federal, mas ainda enfrenta os maiores índices de desemprego, informalidade e serviços precarizados. As conclusões constam em um levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatísica do DF (IPEDF) divulgado nesta quarta-feira (19). Em 2024, a população em idade ativa (faixa etária considerada apta para trabalhar) era marjoritariamente negra: 61,9% dos moradores do DF com 14 anos ou mais se declararam pretos ou pardos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do DF em tempo real e de graça. Desses, 65,1% estavam economicamente ativos – e, novamente, os negros eram maioria dentro da força de trabalho. A cada três negros de 14 anos ou mais, dois estavam inseridos no mercado de trabalho em 2024. Segundo o levantamento, a principal motivação de quem entrou cedo no mercado profissional foi a necessidade econômica. Desigualdade no mercado de trabalho: negros ganham 39,2% a menos, aponta pesquisa Ocupações marginalizadas Dos 1,459 milhão de trabalhadores ocupados no Distrito Federal em 2024, 61,9% eram negros — cerca de 903 mil pessoas. No entanto, a maioria dos cargos ocupados por essas pessoas estão em setores tradicionalmente marginalizados. O setor de serviços concentra a maior parte dessa população (70,7%), seguido de: Comércio e reparação: 17,9% Construção: 6,1% Indústria de transformação: 3,6% A presença negra é maior em setores com trabalho mais braçal e salários menores, como a indústria de construção (74,3% dos trabalhadores do setor são negros) e a indústria de transformação (69,1%). Há ainda uma parcela significativa da população preta em cargos ainda mais vulneráveis: 77,8% dos trabalhadores domésticos são negros; 67,4% dos trabalhadores autônomos são negros. Ainda de acordo com a pesquisa, 63,5% da população do DF que está no mercado profissional sem carteira assinada é formada por pessoas negras. A pesquisa destaca que é necessário compreender o mercado de trabalho como espaço de "poder, de construção de identidades e das sujeições econômicas que caracterizam a sociedade brasileira e sua conformação hierárquica, com destaque para persistência de inequidades raciais". "A permanência de laços entre a dinâmica heterogênea do mercado de trabalho e o lugar desvalorizado da população negra na sociedade brasileira é nitidamente constatada na escassez de trabalho, nos níveis de precariedade ocupacional e nos diferenciais de rendimentos, que recaem de forma recorrente e desvantajosa sobre pretos e pardos". LEIA TAMBÉM: FERIADÃO: Dia da Consciência Negra: veja o que abre e fecha no DF durante o feriado prolongado ATRAÇÕES: Consciência Negra 2025: Brasília comemora data com shows de Ludmilla, Alexandre Pires, Mumuzinho, Timbalada, Psirico e Carlinhos Brown Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/11/19/negros-sao-maioria-no-mercado-de-trabalho-no-df-mas-ainda-recebem-os-piores-salarios-veja-dados.ghtml


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