Polícia do DF prende responsáveis por clínica do Paranoá que pegou fogo e deixou cinco mortos
18/09/2025
(Foto: Reprodução) PCDF faz operação é unidade do Instituto Liberte-se que pegou fogo no Paranoá
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu nesta quinta-feira (18) quatro pessoas que trabalhavam na clínica da rede Liberte-se que pegou fogo no fim de agosto, no Paranoá.
O espaço abrigava dezenas de dependentes químicos, que estavam internados no local em busca de tratamento. O incêndio na chácara 420 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira deixou 5 mortos e 11 feridos.
Nesta quinta, policiais fizeram buscas nas duas clínicas do Paranoá – que ficam em lotes praticamente vizinhos – e em endereços dos investigados.
PCDF faz operação em unidade do Instituto Liberte-se que pegou fogo no Paranoá
Divulgação/PCDF
Foram presos:
um casal de donos das clínicas;
dois ex-internos que, segundo as investigações, atuavam como coordenador e monitor dos espaços.
Foram apreendidos remédios, anabolizantes, armas falsas, computadores portáteis e celulares.
Veja como ficou clínica atingida por incêndio no DF
TV Globo
Os quatro presos devem ser indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de:
homicídio doloso qualificado
cárcere privado
prescrição de medicamento sem receituário médico
A operação desta quinta foi coordenada pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que investiga a atuação das duas unidades que funcionavam na região:
uma, na chácara 420 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira– que sequer havia sido comunicada às autoridades, e onde o incêndio deixou cinco mortos;
outra, na chácara 470 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira, no Paranoá – a poucos metros da que pegou fogo, e que foi interditada no dia seguinte por falta de laudos.
DF: 5 pessoas morrem em incêndio em clínica irregular de recuperação de dependentes
Presos no Lago Oeste
Na terça, a Polícia Civil já tinha detido outras três pessoas que comandavam a unidade da Liberte-se no Lago Oeste, em Sobradinho:
André Luiz Medeiros da Silva
Normando Torres de Almeida Júnior
Vanessa Aparecida de Castro Medeiros
Essa ação foi comandada pela 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), que investiga o funcionamento dessa unidade.
Os três presos na terça, no entanto, foram soltos após audiência de custódia e deverão permanecer à disposição da Justiça até a conclusão das investigações.
No caso da clínica do Lago Oeste, há indícios de:
cárcere privado;
agressões físicas;
restrição de contato dos internos com familiares;
administração irregular de medicamentos.
Ministério Público do DF vai investigar denúncias contra clínica de reabilitação
LEIA TAMBÉM
EXTORSÃO: Influencer é preso em Brasília após tentar extorquir dinheiro de autoridades de MG
ANISTIA: veja como os deputados federais do DF votaram o pedido de urgência
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.