Tribunal de Contas dá 10 dias para GDF se manifestar sobre falta de repasse para Hospital da Criança
22/12/2025
(Foto: Reprodução) Hospital da Criança de Brasília suspende atendimentos e fecha UTI por falta de verba
O Tribunal de Contas do Distrito Federal deu 10 dias — até 29 de dezembro — para as secretarias de Saúde e de Economia se manifestarem sobre falta de repasse para o Hospital da Criança de Brasília. A decisão é da última quinta-feira (18).
Na quarta-feira (17), o Hospital da Criança anunciou a suspensão de atendimentos e fechou leitos de UTI por causa da falta de recursos (veja detalhes abaixo).
Em nota, a Secretaria de Saúde disse que não foi formalmente intimada sobre a decisão.
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Em decisão liminar, o tribunal aponta que o atraso dos repasses representa um "golpe particularmente grave" já que a unidade desempenha um papel importante de atendimento pediátrico na capital.
"A interrupção dos repasses evidencia falhas na gestão administrativa e na definição de prioridades, expondo pacientes e famílias a incertezas e colocando em risco a qualidade e a continuidade do atendimento médico infantil no Distrito Federal", disse o conselheiro Manoel Andrade na decisão liminar.
Interrupções
Hospital da Criança de Brasília (HCB)
reprodução/CLDF
Segundo o Ministério Público, o Hospital da Criança é responsável por 52% dos leitos de UTI pediátrica da rede pública do DF. O atraso no envio das verbas acontece desde outubro e chegou a somar R$ 74 milhões.
Em nota, a direção do hospital disse que informou previamente os responsáveis pelos pacientes sobre os cancelamentos dos serviços.
"A ausência desses repasses, somada a despesas correntes já assumidas e compromissos assistenciais inadiáveis, resultou no esgotamento da reserva técnica pelo hospital, constituídos ao longo dos últimos anos por meio de gestão responsável e criteriosa", disse o hospital.
Na última semana, a Secretaria de Saúde disse que a verba de outubro foi repassada parcialmente e que pediu autorização para a Secretaria de Economia para enviar o valor pendente. Segundo a pasta, a autorização pode acontecer a qualquer momento.
O hospital confirmou que, na quinta, a secretaria realizou um depósito de R$ 6.411.000, mas não teve retorno quanto à previsão de regularização do restante dos repasses em atraso. Segundo a unidade, o valor repassado não é suficiente para normalizar o atendimento.
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